RCVR: Websérie de ficção-científica faz sucesso nos EUA


Com a colaboração do aluno Jorge Alencar, da turma 2.2011

Um agente do governo, o cético Luke Weber (Daniel Bonjour), investiga aparições alienígenas no estado do Arkansas em 1973 e um grupo de pessoas as quais teriam feito contato com as criaturas, essas designadas pelo código RCVR, as quais seriam seus veículos de contato com a Terra. Para isso, teriam adquirido conhecimentos incomuns à sua natureza, como elementos de matemática complexa.

Tais elementos não são incomuns a séries da televisão americana: séries que abordam elementos de ficção científica são por lá um verdadeiro subgênero. Uma comparação constante da impensa feita à série RCVR é Arquivo X, que também abordava investigações sobre eventos supostamente alienígenas. Mas a diferença aqui se dá no meio pelo qual a série está sendo veiculada: desde sua estreia em 21 de setembro, os episódios, com média de 10 minutos de duração, estréiam todas as quartas-feiras num dos canais mais conhecidos do Youtube entre o público fã de games, sci-fi e cultura pop, o do site norte-americano Machinima.

Entre trailers de games, montagens e gameplays, o canal se especializou nos últimos anos no lançamento de séries originais para o seu público. Dois títulos recentes por ele veiculados inclusive se tornaram conhecidos pelo público em geral, graças à sua repercussão externa: Terminator Salvation: The Machinima Series (2009), série de animação em 8 episódios feita a partir de engines de games que funciona como um prelúdio do filme O Exterminador do Futuro: a Salvação, teve seus episódios lançados em DVD no Brasil ano passado; e Mortal Kombat: Legacy, produção da Warner Bros. idealizada a partir de um curta-metragem independente lançado em 2010, com a função de divulgar o jogo mais recente da franquia. Tamanho foi o retorno  - cerca de 15 milhões de acessos - que a websérie dará origem a um novo filme para cinema.

RCVR chama a atenção também graças à sua campanha de divulgação: bebendo da fonte de Lost e do filme Cloverfield, uma campanha de marketing viral envolve a criação de perfis falsos em redes sociais e sites que tratam dos assuntos abordados nos episódios.

A produção comandada por David Van Eyssen (Circle of Eight) prevê uma temporada inicial de seis webisódios, mas o material disponível nestes sites permite uma experiência estendida e imersiva ao redor da sua mitologia. “Nosso acerto foi repensar a forma de contar histórias como uma via de mão única, convidando os users a exploriar, descobrir e compartilhar mais do que poderiam em um jogo ou rede social - disse ao site Tubefilter. - Estamos gratos em ter encontrado parceiros que pensam como nós na Machinima e Motorola [patrocinadora do projeto], companhias que entendem o quão profundamente a tecnologia afeta as nossas vidas."

A repercussão é bastante positiva: o primeiro episódio já possui mais de 1,2 milhão de acessos e boas críticas, com direito à indicação da Variety. E não é a única grande estreia do gênero - H+, produção de Bryan Singer sobre um futuro alternativo em que um chip permite a conexão perpétua com a internet; e a adaptação do game Dragon Age, protagonizada pela atriz Felicia Day, deverão ser os próximos lançamentos de peso na internet.

Mais informações sobre RCVR podem ser encontradas nas matérias dos sites Reelseo e Tubefilter (em inglês). Veja também o primeiro episódio através da janela abaixo.

Comentários