Brasil é destaque em compra por celular


[publicado originalmente em Folha de S. Paulo, por Marianna Aragão]

Pesquisa inédita mostra que parcela de brasileiros que usam aparelho para comprar supera a de alemães ou franceses

Universo de usuários de smartphones no país ainda é baixo
de 14%, mas atividades é alta na comparação mundial


O brasileiro está se tornando um dos usuários mais ativos do mundo em serviços como buscas, visualização de vídeos e compras por meio de smartphones.

A conclusão é da pesquisa "Our Mobile Planet", realizada pela Google, em parceria com o instituto Ipsos, em 40 países. Pela primeira vez, o Brasil foi incluído no estudo, que ouviu mil usuários do aparelho no país.

Embora a penetração de smartphones no Brasil, de 14%, ainda seja menor que em países como Argentina e México, a base de usuários desses aparelhos - de cerca de 27 milhões - já é maior que a da Alemanha.

Além disso, para determinadas funções, os brasileiros já utilizam mais o aparelho que europeus e americanos.

Segundo a pesquisa, 31% dos usuários de smartphones já fizeram alguma compra por meio do aparelho, índice maior que o verificado entre franceses e alemães, onde a penetração ao menos o dobro da registrada no Brasil.

Pelo menos 80% também afirmaram que fazem pesquisa de produtos e de serviços no celular: 66% costumam realizar as buscas dentro de uma loja física (veja quasro ao lado).

"Isso representa uma mudança tremenda no processo de compra, uma informação fundamental para as empresas", diz Peter Fernandes, diretor de publicidade móvel do Google América Latina.

Ainda de acordo com a pesquisa, 73% dos brasileiros dizem não sair de cadsa sem o aparelho.

A utilização ocorre principalmente em casa e no trabalho, mas também em restaurantes (69%), no trânsito (64%) e no transporte público (60%).

MAIS BARATO

Com a diversificação da oferta de smartphones - hoje são cerca de 160 modelos no mercado, o dobro do ano passado -, a tendência é que aumente o número de usuários dos serviços "mobile".

"A diminuição dos preços tem tornado os dispositivos de tecnologiaa cada vez mais acessíveis para o brasileiro", acrescenta Attila Belavary, analista da consultoria IDC.

[postado por Marina Moreira]

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