Intel aposta em TVs com detecção facial para direcional anúncios


[publicado no jornal O Globo]

Setor de mídia, porém, resiste em abrir mão de seus pacotes de programação



NOVA YORK e SÃO FRANCISCO. A Intel está apostando em tecnologia de detcção facial para publicidade dirigida e numa equipe de negociadores experientes para convencer relutantes parceiros de mídia a aderirem a seu novo serviço de TV virtual que reconhece o espectador.

Até o momento, no entanto, implementar o serviço vem sendo um desafio, porque a maior parte dos grandes grupos de mídia não está disposta a permitir que a Intel desmonte pacotes de programação e licencie canais e programas específicos a preços inferiores aos praticados pelos parceiros das companhias no setor de televisão paga.





A Intel, maior fabricente mundial de processadores, manteve sigilo sobre a etratégia para lançar um serviço enxuto de televisão a cabo, mas terá de assumir riscos para iniciar atividades em uma linha de negócios completamente nova.

De acordo com cinco fontes que vêm negociando há meses com a Intel, a empresa de hardware está enfatizando um decodificador que empregaria sua tecnologia para distinguir quem está assistindo a determinado programa, o que permitiria publicidade direcionada.

O decodificador que a Intel vem propondo não indentifica a pessoa especificamente, mas pode oferecer dados sobre ela, como o sexo e a faixa etária - e assim ajudar a dirigir anúncios aos indivíduos com tais características, afirmaram as fontes.

Os planos da gigante dos processadores a colocam bem no meio da batalha do Vale do Silício pelo controle das salas de estar. Empresas de grande porte, como Apple, Amazon e Google, acreditam que a TV a cabo nos EUA esteja aberta a transfotmações por motivos que vão desde a mudança nos hábitos dos telespectadores até o custo crescente da produção de programas.

A TV a cabo americana movimenta US$ 100 bilhões anuais e está sob o domínio de grandes distribuidores - como Comcast e DirecTV - e criadores de conteúdo, como Disney e Time Warner.

Embora nenhuma dessas empresas tenha feitos grandes avanços no mercado até agora, a Intel acredita que conseguirá desenvolver um decodificador e um serviço de assinatura de programação de maior qualidade (e personalizado) para prover conteúdo televisivo aos telespectadores, mesmo que essa mercado seja novidade para ela.

Um serviço de televisão paga bem-sucedido e baseado na nova tecnologia Intel seria um grande passo para ampliar a presença de seus modernos processadores em aparelhos eletrônicos presentes há muito tempo nos ambientes domésticos.



[postado por Marina Moreira]

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