Publicado em O Globo, Segundo Caderno, Patrícia Kogut
Segunda-feira, 15 de outubro de 2012, página 8
Acaba de sair o resultado da Kids Expert, uma extensa pesquisa da Turner feita entre maio e julho deste ano. O grupo — dono dos canais Cartoon e Boomerang — buscava desenhar o perfil do público infantil e adolescente. A ideia era descobrir como essa plateia — cada vez mais multitarefa e ligada em múltiplas telas — consome conteúdo. Foram ouvidos cerca de 1.500 meninos e meninas de 7 a 15 anos na América Latina inteira, 300 deles no Brasil (todos das classes A,B e C, assinantes de TV).
O que os pesquisadores descobriram? Que essa é
uma geração “caçadora de conteúdos”. Inquietos, eles sempre querem mais.
Isso significa que, diferentemente do que muita gente aposta, a
televisão não corre o risco de ser substituída por outros suportes. Os
aparelhos (TV, celular, tablet etc) não se canibalizam, mas se somam. O
desafio dos realizadores é, portanto, promover o diálogo entre a
televisão, o telefone, o computador etc. Isso porque 96% dos
adolescentes disseram que “é fundamental que uma empresa tenha seu
conteúdo disponível em todas as plataformas”.
Para eles, a
televisão, entre todos os aparelhos, é considerada ideal “para quando
estão acompanhados”. Os adolescentes, mais que as crianças, são ligados
em seus iPhones. Quanto mais jovens, mais importância esses consumidores
de conteúdo dão ao seu PC, o que é natural, porque os adolescentes têm
mais autonomia para sair de casa.
A Turner diz que vai investir
mais em aplicativos, em jogos, no diálogo entre suportes. É que os
caçadores de conteúdo estão de olho em todos eles.
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