Minissérie de ficção produzida pela O2 Filmes, 'Destino: São Paulo'estreia hoje na HBO, com imigrantes e não-atores no elenco.
Publicado originalmente em O Globo, Revista da TV
Domingo, 25 de novembro de 2012, página 15
ZEAN BRAVO
Dois chilenos e um argentino que
sobrevivem dos malabarismos que fazem nas ruas, um boliviano vítima do bullying
dos colegas da escola, um nigeriano envolvido com o tráfico de drogas, e o pai
judeu tradicional que não aceita o filho gay. Para retratar a vida de
diferentes grupos de pessoas que desembarcam diariamente em São Paulo, vindas
de outros lugares, a O2 Filmes foi atrás de imigrantes reais. Formado quase que
unicamente por não-atores, o elenco da minissérie de ficção “Destino: São
Paulo” promete surpreender. A produção nacional de seis episódios, cada um com
duração de 30 minutos, estreia neste domingo, dia 25, às 23h, na HBO.
— Seria complicado encontrar atores
profissionais com as características que precisávamos para os personagens. Por
isso, optamos por formar esse elenco de não-atores e decidimos preparar as
pessoas para atuar — explica o diretor-geral Fábio Mendonça, também responsável
pela criação do programa com Teodoro Poppovic.
Ele dividiu o comando dos episódios com
Alex Gabassi. Mas recebeu a contribuição direta do elenco que formou.
— Eles trouxeram um jeito próprio de
falar (todos utilizam seus idiomas em cena e suas falas foram legendadas).
Isso deixou tudo mais autêntico. Foi trabalhoso. Eles não passaram por uma
escola de interpretação, e tivemos que começar do básico — conta Mendonça.
De acordo com o diretor-geral, a
minissérie fala mais sobre pequenas histórias passadas em diferentes
comunidades do que propriamente de São Paulo. Cada um dos seis episódios tem
uma direção de arte própria. Em cena, serão mostrados coreanos, africanos,
argentinos, chilenos, chineses, judeus e bolivianos. Esse último grupo protagoniza
“Dia da independência”, o episódio de estreia, que fala do menino boliviano
enfrentando a violência dos colegas de escola. Mãe e filho reais vivem os
personagens.
— Tem sutilezas muito interessantes em
cada um desses grupos — conta Gabassi, diretor de “Dia de independência”. — Ao
escrever o roteiro, percebemos que os bolivianos, por exemplo, são pessoas
muito silenciosas e quietas.
O estilista Alexandre Herchcovitch e
seu pai, Benjamin Herchcovitch, repetem o parentesco também na ficção no
episódio “O noivo do filho”, sobre judeus. Apesar de ainda nem ter estreado na
TV, o projeto já tem uma segunda temporada de mais seis episódios em produção.
Na próxima, o destino será o Rio de Janeiro.
Dois chilenos e um argentino que sobrevivem dos malabarismos que fazem nas ruas, um boliviano vítima do
bullying
dos colegas da escola, um nigeriano envolvido com o tráfico de drogas, e
o pai judeu tradicional que não aceita o filho gay. Para retratar a
vida de diferentes grupos de pessoas que desembarcam diariamente em São
Paulo, vindas de outros lugares, a O2 Filmes foi atrás de imigrantes
reais. Formado quase que unicamente por não-atores, o elenco da
minissérie de ficção “Destino: São Paulo” promete surpreender. A
produção nacional de seis episódios, cada um com duração de 30 minutos,
estreia neste domingo, dia 25, às 23h, na HBO.
— Seria complicado
encontrar atores profissionais com as características que precisávamos
para os personagens. Por isso, optamos por formar esse elenco de
não-atores e decidimos preparar as pessoas para atuar — explica o
diretor-geral Fábio Mendonça, também responsável pela criação do
programa com Teodoro Poppovic.
Ele dividiu o comando dos episódios com Alex Gabassi. Mas recebeu a contribuição direta do elenco que formou.
— Eles trouxeram um jeito próprio de falar (
todos utilizam seus idiomas em cena e suas falas foram legendadas).
Isso deixou tudo mais autêntico. Foi trabalhoso. Eles não passaram por
uma escola de interpretação, e tivemos que começar do básico — conta
Mendonça.
De acordo com o diretor-geral, a minissérie fala mais
sobre pequenas histórias passadas em diferentes comunidades do que
propriamente de São Paulo. Cada um dos seis episódios tem uma direção de
arte própria. Em cena, serão mostrados coreanos, africanos, argentinos,
chilenos, chineses, judeus e bolivianos. Esse último grupo protagoniza
“Dia da independência”, o episódio de estreia, que fala do menino
boliviano enfrentando a violência dos colegas de escola. Mãe e filho
reais vivem os personagens.
— Tem sutilezas muito interessantes em
cada um desses grupos — conta Gabassi, diretor de “Dia de
independência”. — Ao escrever o roteiro, percebemos que os bolivianos,
por exemplo, são pessoas muito silenciosas e quietas.
O estilista
Alexandre Herchcovitch e seu pai, Benjamin Herchcovitch, repetem o
parentesco também na ficção no episódio “O noivo do filho”, sobre
judeus. Apesar de ainda nem ter estreado na TV, o projeto já tem uma
segunda temporada de mais seis episódios em produção. Na próxima, o
destino será o Rio de Janeiro.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/revista-da-tv/destino-sao-paulo-estreia-na-hbo-com-imigrantes-elenco-de-nao-atores-6811615#ixzz2DEbTtSYm
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Dois chilenos e um argentino que
sobrevivem dos malabarismos que fazem nas ruas, um boliviano vítima do bullying
dos colegas da escola, um nigeriano envolvido com o tráfico de drogas, e o pai
judeu tradicional que não aceita o filho gay. Para retratar a vida de
diferentes grupos de pessoas que desembarcam diariamente em São Paulo, vindas
de outros lugares, a O2 Filmes foi atrás de imigrantes reais. Formado quase que
unicamente por não-atores, o elenco da minissérie de ficção “Destino: São
Paulo” promete surpreender. A produção nacional de seis episódios, cada um com
duração de 30 minutos, estreia neste domingo, dia 25, às 23h, na HBO.
— Seria complicado encontrar atores
profissionais com as características que precisávamos para os personagens. Por
isso, optamos por formar esse elenco de não-atores e decidimos preparar as
pessoas para atuar — explica o diretor-geral Fábio Mendonça, também responsável
pela criação do programa com Teodoro Poppovic.
Ele dividiu o comando dos episódios com
Alex Gabassi. Mas recebeu a contribuição direta do elenco que formou.
— Eles trouxeram um jeito próprio de
falar (todos utilizam seus idiomas em cena e suas falas foram legendadas).
Isso deixou tudo mais autêntico. Foi trabalhoso. Eles não passaram por uma
escola de interpretação, e tivemos que começar do básico — conta Mendonça.
De acordo com o diretor-geral, a
minissérie fala mais sobre pequenas histórias passadas em diferentes
comunidades do que propriamente de São Paulo. Cada um dos seis episódios tem
uma direção de arte própria. Em cena, serão mostrados coreanos, africanos,
argentinos, chilenos, chineses, judeus e bolivianos. Esse último grupo protagoniza
“Dia da independência”, o episódio de estreia, que fala do menino boliviano
enfrentando a violência dos colegas de escola. Mãe e filho reais vivem os
personagens.
— Tem sutilezas muito interessantes em
cada um desses grupos — conta Gabassi, diretor de “Dia de independência”. — Ao
escrever o roteiro, percebemos que os bolivianos, por exemplo, são pessoas
muito silenciosas e quietas.
O estilista Alexandre Herchcovitch e
seu pai, Benjamin Herchcovitch, repetem o parentesco também na ficção no
episódio “O noivo do filho”, sobre judeus. Apesar de ainda nem ter estreado na
TV, o projeto já tem uma segunda temporada de mais seis episódios em produção.
Na próxima, o destino será o Rio de Janeiro.
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