Conselho curador da EBC aprova plano de trabalho, mas determina mudanças



Publicado originalmente no site: http://www.telaviva.com.br

Segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013, 17h18

Redação Tela Viva


O conselho curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) aprovou, mas determinou mudanças no Plano de Trabalho da Empresa para 2013. A reunião do conselho aconteceu no último dia 30. O texto com as alterações será apreciado na próxima reunião ordinária do colegiado, marcada para o dia 27 de fevereiro.

O conselho curador questionou a metodologia para a criação do plano, cobrando maior participação na sua concepção, e não atuando apenas em sua aprovação. Além disso, cobrou mais dados específicos, como cronogramas, ações, objetivos gerais, metas e cifras.

O conselho deve elaborar uma normativa com as diretrizes de como o documento deve ser redigido no futuro. Além disso, determinou que a diretoria da EBC deve apresentar, em mais de uma data, um balanço das ações no plano. Também determinou que a discussão do planejamento para 2014 seja feita ao longo do ano, com a participação dos conselheiros.

Abordando pontos específicos, o conselho curador cobrou um jornalismo com "mais pegada", mais ousado, menos didático e que qualifique o debate político. Pediu que programas de debate e comentaristas sejam repensados, a partir do princípio do contraditório.

Os conselheiros apontaram ainda a falta de indicadores diferenciados da programação, para medir, por exemplo, a promoção dos direitos humanos. Dados do Ibope não podem servir de base para uma análise da programação, apontaram. Alguns conselheiros endossaram a insatisfação em relação à qualidade dos seriados.

O conselho também cobrou o aprofundamento do debate sobre o contrato de prestação de serviço com o Executivo (TV NBR), que "traz uma série de implicações na programação dos veículos públicos".

O conselheiro Daniel Aarão apresentou considerações pessoais sobre o Plano. Para ele, não existem informações suficientes sobre o esforço da EBC na liberação do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel). Segundo ele, “a questão do financiamento é essencial em uma empresa pública de comunicação, pois o tipo de financiamento pode travar a autonomia do conteúdo”.

O conselho questionou ainda as reformas dos prédios das rádios no Rio de Janeiro, bem como o processo de digitalização das rádios e compra dos transmissores AM e OC (Ondas Curtas). Também cobrou justificativas para a programação das emissoras de rádio em 2013.

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