Philips prepara plataforma de publicidade



Publicado originalmente no site: http://www.telaviva.com.br

Quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013, 18h48

Leandro Sanfelice


A Philips está trabalhando em uma plataforma para medir a audiência e viabilizar publicidade nos aplicativos das suas smart TVs. De acordo com o gerente de marketing para smart TVs da empresa, Luis Bianchi, a plataforma será lançada ainda em fevereiro. “Estamos com 99% de uma plataforma de publicidade pronta. A gente vai ter uma plataforma de divulgação do aplicativo com impressões. Ele (dono do aplicativo) vai saber exatamente quantas pessoas vai atingir, quantas pessoas vão ver o app dele, quantas pessoas vão clicar e realmente interagir com seu conteúdo. Vai dar uma 'profissionalizada' nesse sentido”, disse.

De acordo com ele, a Philips também está criando uma ad network para trabalhar com desenvolvedores menores que não tenham equipe comercial. “Você (desenvolvedor) pode fazer parte dessa ad network, a gente vende para você e o que tiver de impressão nós pagamos”.

Bianchi participou de um painel na Campus Party que debateu a criação de modelos de negócios para aplicativos nas smart TVs na terça feira, 29 de janeiro. Também integraram o painel a gerente regional do Opera na América Latina, Sabrina Zaremba, e o diretor de mobile TV e smart TV do Yahoo!, Diego de Macedo Higgins.

No painel, Sabrina também falou da necessidade de metrificar a audiência dos aplicativos. “A publicidade existe se você consegue mensurar as impressões, a audiência. Sem isso fica tudo um pouco nebuloso e você não consegue precificar. Existe um trabalho também do nosso lado para ter métricas e mensurar a audiência”.

A relevância do conteúdo também foi apontada pelos participantes como essencial para obter receita com publicidade nas TVs conectadas. “Para o desenvolvedor, o segredo é ter um conteúdo super relevante. Ele tendo audiência com certeza vai chamar publicidade. A gente tem um exemplo marcante que é o Porta dos Fundos, que é um programa de TV para web com conteúdo super bacana, gratuito e logo veremos eles rentabilizando com publicidade”, disse Bianchi. Para Diego de Macedo, “o diferencial para o desenvolvedor conseguir gerar receita é entregar um serviço bem feito que seja relevante para o usuário e de fácil uso”.

Evangelização

Outro ponto discutido pelos participantes do painel foi a necessidade de dialogar com as agências de publicidade. “Existe uma dificuldade muito grande. O mobile existe há vários anos e agente ainda tem um trabalho de evangelização para explicar como funciona o mobile e quais as vantagens de estar ali, e na TV não vai ser diferente”, disse Sabrina. Também comparando a realidade das smart TVs com o universo móvel, Bianchi disse acreditar que o processo de evangelização do mercado será mais fácil com as TVs conectadas. “Acho que a grande diferença é que publicidade na TV funciona, os trinta e cinco segundo em tela cheia são muito eficientes e os anunciantes já comprovaram isso através das suas mídias. Esse é o mesmo formato usado na smart TV, só que turbinado com a possibilidade de se engajar com o conteúdo. Então acho que vai ter um trabalho de evangelização, mas que ele vai ser um pouco mais fácil”, disse.

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