Universidade Federal Fluminense
Cinema e Audiovisual
Tv e Vídeo
Professor: Felipe Muanis
Grupo: Dalila Aguiar e Gustavo Resende
Sitcoms, ou Comédia de Situações
Desde o primeiro programa do formato, “The Goldbergs”, as sitcoms são o desenrolar de um dilema geralmente familiar, entre amigos ou amorosos. Algumas sitcoms possuem inclusive um teaser, ou uma piada introdutória, para expor esse dilema.
Algumas vezes em auditório, as histórias (até pela intenção popular e superficial) costumam se passar no mesmo local, como escritórios, salas de estar . Além de familiares para os expectadores, a limitação de cenários faz a produção ser mais barata e rápida, afinal, o grande foco desse tipo de programa são as piadas, o que faz rir. Todo o resto é complemento.
Um artifício comum são as risadas adicionadas (ou “pedidas” para a plateia em momentos específicos, no caso de programas com auditório). Para o perfeito encaixe dessas risadas e melhor “absorção” das piadas, é trabalhado o “timing”, que é a adequação do tempo entre piadas e até entre palavras. Algo como a disposição das piadas dentro da fala e dramaturgia.
O efeito das sitcoms deve ser forte e popularesco. Vê-se que a série deu certo quando se vê pessoas citando frases comuns aos episódios, agindo como os personagens, se identificando. A intenção de realismo em relação ao cotidiano do público-alvo é muito expressiva. Podemos perceber na maioria das vezes um dilema entre o que se pode fazer de piada interna, pois fideliza o expectador já conquistado, mas pode impedir o entendimento (e o interesse) de um expectador recente, que chegou ao episódio por acaso e simplesmente quer se divertir naquele momento. Nesse contexto, os jargões são de entendimento mais simples e muito bem fixados ao expectador.
As comédias de situação têm até 30 minutos de duração. Para isso, a história do episódio é sempre clara. Como grande parte das piadas acontecem com o dilema, com a dificuldade de algum desenrolar, em geral as histórias são muito simples, mas com complicações provocadas e contornáveis (mesmo que de modo absurdo)
Alguns nomes: Last of the Summer Wine, Seinfild, El Chavo del Ocho (Chaves), friends, The Big Bang Theory, How I met Your Mother , Two and a Half Men, Cheers, A Grande Família, Os Normais, Sai de Baixo,Os Simpsons, Family Guy, American dad, Adorável Psicose, Quero ser
Solteira, Os Buchas, Meu Passado me Condena, Cilada, Open Bar,
Sobre comédias de situações no canal Multishow
As séries apresentam diferenciais visuais, como o abuso de cores e estampas e objetos de design não convencionais, visto que o canal procura sempre fazer humor de forma irreverente e inusitada. Contudo, é muito forte a atenção publicitária, o interesse em utilizar códigos da cultura jovem e pop para atrair e fidelizar expectadores jovens e ligados na internet, nas músicas mais tocadas, nos blockbusters e na moda. Tudo isso sem “datar” muito os programas.
Contudo, toda essa inovação jovial é limitada pela preocupação com o politicamente correto (os palavrões são contidos, algumas piadas devem ser mais leves do que poderiam ser) e até pelos baixos orçamentos.
Reality-shows
Apesar de parecer um gênero clássico da geração dos anos 2000, os reality-shows datam da década de 70, nos Estados Unidos, quando os atores de uma novela (As the world turns) de sucesso nos Estados Unidos passaram a narrar suas vidas fora da tela. O sucesso foi tão grande que foi copiado em diversos países como Inglaterra e Austrália. A série COPS foi lançada em 1989 retratando a vida dos policiais americanos. A MTV não ficou para trás e lançou The Real World, inspirado em um reality-show de 1971, An American Family. Nos anos 70, a moda de Namoro na TV surgiu nos EUA, sendo exportada para nossa cultura, fazendo um retumbante sucesso. Mas em 1999, que John de Mol criou o mais famoso do gênero, o Big Brother, que já foi licenciado para mais de 40 países. Expedition Robinson fez sucesso na Europa e migrou para os Estados Unidos sob o nome de Survivor, sendo considerado o reality-show com mais tempo no ar. Vai para sua 26ª temporada em 2013.
No Brasil, o gênero foi importado, ampliando a dinâmica dos game shows, transformando as competições em vitrines expositivas de dramas e histórias reais. Em 2000, veio o No Limite e no ano seguinte, a Casa dos Artistas, um fenômeno de audiência do SBT. Fazendo concorrência, a TV Globo lançou o Big Brother Brasil. Outros tipos de competição foram exibidas no Brasil como Ídolos, Astros, Fama, O Aprendiz, The Voice Brasil, Ilha da Sedução, Barco do Amor, Acorrentados e Guerra do Sono, entre outros. Entre sucessos e fracassos, o Brasil acabou realizando todos os tipos de versões de competição e shows de realidade.
Os programas podem ser classificados como:
- Competição: que podem ser subdivididos em dois tipos:
- Aventura: Pessoas participam de provas em locais inóspitos e diferentes de sua rotina para concorrer a um prêmio final. Ex: No Limite, O Conquistador do Fim do Mundo, The Amazing Race
- Convivência: Um jogo onde pessoas ficam confinadas em um espaço para concorrer a um prêmio. Ex: Big Brother Brasil, Casa dos Artistas, Solitários.
- A Fazenda seria um exemplo misto, pois além de convivência, os participantes estão em um local fora de suas rotinas.
- Desafios Artísticos: aspirantes a artistas competem para um prêmio ou divulgação do seu trabalho. Ex: Ídolos, The Voice, Astros, Qual o seu talento?, Fama, Por um Fio, Project Runway.
- Relacionamentos: participantes procuram resolver questões de relacionamento amoroso ou familiar. Ex: The Bachelor, Joe Millionaire, SuperNanny, Casos de Família, Namoro na TV.
- Busca de emprego: participantes procuram uma vaga de emprego. Ex: O Aprendiz, Casa dos Artistas Protagonistas de Novela, America’s Next Top Model.
- Depoimento: acompanham a vida de determinadas pessoas comentando sua rotina. Ex: The Ousbornes, Mulheres Ricas.
- Transformação: especialistas ajudam um participante a passar por uma transformação. Queer Eye for the Straight Guy, Lar doce lar, Lata Velha.
Características de Reality-Show
Em geral, os reality-shows não tem roteiros, porém apresentam um roteiro técnico, ou um delineamento do que se tratará cada momento do episódio. Programas como BBB, o roteiro técnico indica quais são os cômodos que terão interação, assim como provas e competições. O roteiro também pode promover conflitos entre os participantes como colocá-los diante de situações previamente estabelecidas como problemáticas. Exemplo: dois participantes que se odeiam estarem em um determinado ambiente, como Val Marchiori e Cozete (em Mulheres Ricas, segunda temporada) ou distribuir os participantes do BBB em tribos e quartos e casas com muito ou pouco mantimento.
Uma das críticas mais frequentes aos reality-shows é a enorme influência e controle que a edição tem sobre os participantes. O recurso conhecido como Frankebitting (edição Frankenstein) pode montar uma conversa, usando trechos de diálogos editados, criando situações que não ocorreram de fato. Essa técnica podem criar alianças, paixões e brigas nas torcidas e fãs.
No Brasil, o gênero foi importado, ampliando a dinâmica dos game shows, transformando as competições em vitrines expositivas de dramas e histórias reais. Em 2000, veio o No Limite e no ano seguinte, a Casa dos Artistas, um fenômeno de audiência do SBT. Fazendo concorrência, a TV Globo lançou o Big Brother Brasil. Outros tipos de competição foram exibidas no Brasil como Ídolos, Astros, Fama, O Aprendiz, The Voice Brasil, Ilha da Sedução, Barco do Amor, Acorrentados e Guerra do Sono, entre outros. Entre sucessos e fracassos, o Brasil acabou realizando todos os tipos de versões de competição e shows de realidade.
Os programas podem ser classificados como:
- Competição: que podem ser subdivididos em dois tipos:
- Aventura: Pessoas participam de provas em locais inóspitos e diferentes de sua rotina para concorrer a um prêmio final. Ex: No Limite, O Conquistador do Fim do Mundo, The Amazing Race
- Convivência: Um jogo onde pessoas ficam confinadas em um espaço para concorrer a um prêmio. Ex: Big Brother Brasil, Casa dos Artistas, Solitários.
- A Fazenda seria um exemplo misto, pois além de convivência, os participantes estão em um local fora de suas rotinas.
- Desafios Artísticos: aspirantes a artistas competem para um prêmio ou divulgação do seu trabalho. Ex: Ídolos, The Voice, Astros, Qual o seu talento?, Fama, Por um Fio, Project Runway.
- Relacionamentos: participantes procuram resolver questões de relacionamento amoroso ou familiar. Ex: The Bachelor, Joe Millionaire, SuperNanny, Casos de Família, Namoro na TV.
- Busca de emprego: participantes procuram uma vaga de emprego. Ex: O Aprendiz, Casa dos Artistas Protagonistas de Novela, America’s Next Top Model.
- Depoimento: acompanham a vida de determinadas pessoas comentando sua rotina. Ex: The Ousbornes, Mulheres Ricas.
- Transformação: especialistas ajudam um participante a passar por uma transformação. Queer Eye for the Straight Guy, Lar doce lar, Lata Velha.
Características de Reality-Show
Em geral, os reality-shows não tem roteiros, porém apresentam um roteiro técnico, ou um delineamento do que se tratará cada momento do episódio. Programas como BBB, o roteiro técnico indica quais são os cômodos que terão interação, assim como provas e competições. O roteiro também pode promover conflitos entre os participantes como colocá-los diante de situações previamente estabelecidas como problemáticas. Exemplo: dois participantes que se odeiam estarem em um determinado ambiente, como Val Marchiori e Cozete (em Mulheres Ricas, segunda temporada) ou distribuir os participantes do BBB em tribos e quartos e casas com muito ou pouco mantimento.
Uma das críticas mais frequentes aos reality-shows é a enorme influência e controle que a edição tem sobre os participantes. O recurso conhecido como Frankebitting (edição Frankenstein) pode montar uma conversa, usando trechos de diálogos editados, criando situações que não ocorreram de fato. Essa técnica podem criar alianças, paixões e brigas nas torcidas e fãs.
Bibliografia
SOUZA, José Carlos Aronchi - Gêneros e Formatos na Televisão Brasileira (2004), Summus Editorial
Disponível em: http://books.google.com.br/books?
id=R1lXD47mUCQC&pg=PA45&lpg=PA45&dq=formato+genero&source=bl&ots=g6Vl4F4h94&sig=tbLP7KoAHkG6FnSvK3gVCg1Bynw&hl=pt-BR&sa=X&ei=UAgsUdqvCYak9ASakoAo&ved=0CEIQ6AEwAg#v=onepage&q=formato%20genero&f=false
CAMPANELLA, Bruno. Investindo no Big Brother Brasil: a análise da economia política de
um marco da indústria midiática brasileira. e-Compós, edição 8, 2007a.
________. O Big Brother como evento multiplataforma: uma análise dos impasses dos estudos
de audiência. In: FREIRE FILHO, João e Herschmann, Micael (orgs). Novos rumos da cultura
da mídia: indústrias, produtos, audiências, p. 83-100. Rio de Janeiro: Mauad, 2007.
Como Tudo Funciona? "Como funcionam as sitcoms” - http://lazer.hsw.uol.com.br/sitcom.htm
traduzido por Winifred Fordham Metz
Como Tudo Funciona? “Como funcionam os reality-shows” - http://lazer.hsw.uol.com.br/reality-show.htm
Wikipedia (sitcoms) http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Sitcoms_por_pa%C3%ADs
SOUZA, José Carlos Aronchi - Gêneros e Formatos na Televisão Brasileira (2004), Summus Editorial
Disponível em: http://books.google.com.br/books?
id=R1lXD47mUCQC&pg=PA45&lpg=PA45&dq=formato+genero&source=bl&ots=g6Vl4F4h94&sig=tbLP7KoAHkG6FnSvK3gVCg1Bynw&hl=pt-BR&sa=X&ei=UAgsUdqvCYak9ASakoAo&ved=0CEIQ6AEwAg#v=onepage&q=formato%20genero&f=false
CAMPANELLA, Bruno. Investindo no Big Brother Brasil: a análise da economia política de
um marco da indústria midiática brasileira. e-Compós, edição 8, 2007a.
________. O Big Brother como evento multiplataforma: uma análise dos impasses dos estudos
de audiência. In: FREIRE FILHO, João e Herschmann, Micael (orgs). Novos rumos da cultura
da mídia: indústrias, produtos, audiências, p. 83-100. Rio de Janeiro: Mauad, 2007.
Como Tudo Funciona? "Como funcionam as sitcoms” - http://lazer.hsw.uol.com.br/sitcom.htm
traduzido por Winifred Fordham Metz
Como Tudo Funciona? “Como funcionam os reality-shows” - http://lazer.hsw.uol.com.br/reality-show.htm
Wikipedia (sitcoms) http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Sitcoms_por_pa%C3%ADs
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