Livro de artigos acadêmicos acusa série "Doctor Who", da BBC, de racismo



Publicado originalmente no site: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada

Quinta-feira, 30 de maio de 2013, 17h45

Redação Ilustrada

Um livro de artigos acadêmicos sobre o seriado de ficção científica "Doctor Who ", que será publicado em julho, acusa o programa de ser "explicitamente racista" e de tratar personagens não brancos como "pessoas de segunda classe".

Diversos autores de "Doctor Who and Race" (em tradução livre, "Doctor Who" e raça) apontam para o fato de que nenhum negro ou asiático tenha interpretado o protagonista da série.

Há ainda críticas sobre uma piada sobre Hitler em um dos episódios da temporada de 2011, sobre o uso de atores brancos para interpretar papéis étnicos nos anos iniciais do programa e o emprego da expressão "selvagens" para se referir a culturas não europeias.

Uma das autoras, a americana Amit Gupta, chegou a mencionar o fato de que o personagem, no começo dos anos 1980, era fanático por críquete, um símbolo da "nostalgia racista e classista" do Império Britânico entre o século 16 e meados do século 20.

A BBC defendeu o seriado, dizendo que "há um forte histórico, entre atores regulares e convidados, de seleção de elenco que respeita a diversidade". A emissora mencionou especificamente a atriz Freema Agyeman, que foi, em 2007, a primeira negra a atuar como parceira do protagonista da série, e o ator Noel Clarke, também negro, que interpretou o personagem Mickey Smith por cinco anos.

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