BBC aponta má vontade de reguladores com o broadcast na disputa por espectro



Publicado originalmente no site: http://www.telaviva.com.br

Segunda-feira, 16 de setembro de 2013, 15h38

Fernando Lauterjung




Não são apenas as TVs comerciais que entraram na disputa por espectro. A percepção de que reguladores estão ignorando radiodifusores na discussão sobre o destino da faixa dos 700 MHz, apontada pela Globo durante a IBC 2013, em Amsterdã, também encontra eco na radiodifusão pública.

Alix Pryde, diretora de distribuição da BBC, fez um apelo para que reguladores deem mais atenção ao broadcast. "As pessoas pensam que o futuro é a banda larga móvel, mas subestimam a quantidade de dados que nós distribuímos para as casas das pessoas", disse. "A TV terrestre é uma tecnologia estabelecida e carrega milhares de vezes mais dados que a banda larga móvel", completou.

A executiva falou em um painel onde deveria apresentar a solução mais inovadora que encontrou no evento. Pryde apresentou, justamente, uma nova tecnologia do padrão DVB que permitirá que broadcasters transmitam em 4K. A transmissão em mais definição é o argumento dos broadcasters para manter parte da faixa dos 700 MHz, permitindo a evolução do serviço de TV.

Comentários

  1. O problema é que as programadoras que já possuem acesso ao espectro, como BBC e Globo, querem que o avanço tecnológico (que permite passar mais informação, compactada digitalmente, pelo espectro) sirva para que eles possam distribuir mais dados, saindo da mesma fonte, de forma que o acesso continue excludente.
    Não se deve ver esse debate simplesmente como mídias móveis X radiodifusão, e sim como a possibilidade de entrada de novos players no mercado de distribuição de conteúdos através do espectro eletromagnético, que é público.

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