“Seríamos tolos se não investíssemos na radiodifusão”, afirma diretora da BBC




Publicado originalmente no site: www.abert.org.br

Quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Com informações do IBC 2013



Representantes da radiodifusão afirmaram durante a IBC 2013 (Convenção Internacional de Radiodifusão, na tradução da sigla), que a UIT e os órgãos reguladores de todo o mundo estão ignorando as necessidades do setor em seus planos de venda de espectro.

Para a plateia do painel “Money from thin air” (Dinheiro a partir do ar), o diretor de Tecnologia da TV Globo, Fernando Bittencourt, afirmou que essa postura pode causar “danos irreversíveis” para o futuro da indústria da radiodifusão, “a menos que tenhamos mudanças na abordagem dos reguladores”, declarou.

Maior encontro do mercado broadcast na Europa, a IBC deste ano ocorreu entre 14 e 17 de setembro, em Amsterdã.


Já durante o painel 'What Caught My Eye' (O que me chamou atenção), Alix Pryde, diretora de conteúdo da BBC, fez um apelo para que a União Europeia não subestime a radiodifusão terrestre. “Eles acham que o futuro é a banda larga móvel, mas subestimam a quantidade de dados que as emissoras fornecem na casa das pessoas”, declarou.


Segundo Alix, os governos devem olhar para as diferentes formas de entregar conteúdo. “Seríamos tolos se não investíssemos na radiodifusão tradicional, uma tecnologia bem estabelecida e que pode transportar milhares de vezes mais conteúdo do que a banda larga móvel”, afirmou.

Pryde falou ainda sobre uma nova tecnologia que permitirá a transmissão do 4K em DVB, o padrão de TV digital usado no Reino Unido. A emissora pública britânica, assim como a TV Globo, fazem testes captando imagens em 4K.

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