A segunda tela pega mais carona na televisão do que nunca



Publicado originalmente no site: http://kogut.oglobo.globo.com/noticias-da-tv

Sábado, 05 de outubro de 2013, 08h56

Patricia Kogut




O episódio final de “Breaking bad” não para de reverberar. Além de o desfecho ter deixado um saldo maior contentes do que de insatisfeitos, a audiência foi boa: mais de 10 milhões de telespectadores. Nas redes socias, esse êxito se refletiu amplamente. Por isso, o “The New York Times” abriu um espaço na sua seção de mídia e tecnologia para debater uma nova frente comercial que vem se apresentando com força: a segunda tela.

Segundo o artigo, o Facebook anunciou que três milhões de pessoas se manifestaram ali depois que o programa terminou na televisão domingo passado. Já o Twitter fez circular a informação do SocialGuide, serviço da Nielsen, dando conta de que cerca de 600 mil pessoas postaram em torno de 1,2 milhão de mensagens sobre a saga de Walter White (Bryan Cranston) e Jesse (Aaron Paul). Isso aconteceu durante dez horas, antes, durante e depois da exibição na AMC.

A presteza em divulgar esses números tem uma razão bem objetiva. As empresas estão disputando o lucro que pode advir de sucessos da televisão. Querem entrar num bolo publicitário milionário. Há, no entanto, muitas dúvidas em torno da exatidão dos números que reivindicam ter. É que os critérios de medição variam. Por exemplo, no Facebook, você conta os posts, as “curtidas” e os comentários dando a cada um a mesma importância? E os retweets valem? Ninguém sabe ao certo. O fato é que nenhuma das duas diz quanto faturou com publicidade derivada de TV e especialistas do mercado garantem que esse valor ainda é pequeno.

O que ninguém questiona mais é o fato de que a televisão está entre os temas favoritos dos usuários de redes sociais. Além disso, metade dos americanos usa a segunda tela enquanto assiste à TV. E isso é muita coisa.

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