O quarto ano da atração, no ar a partir de terça, promete conflitos tanto com zumbis quanto entre os humanos
Publicado originalmente no site: http://oglobo.globo.com/cultura/revista-da-tv
Domingo, 13 de outubro de 2013, 07h00
Tatiana Contreiras
A quarta temporada de “The walking dead” que estreia nesta terça, às 22h30, no canal Fox, vai ser “maior, mais assustadora e com grandes momentos de ação”. Anote o nome de Scott Gimple, atual showrunner da série, para saber a quem cobrar depois: é ele quem promete isso tudo. Mas não é só Gimple quem diz que os novos episódios da atração, que chegam ao Brasil apenas dois dias depois da exibição nos Estados Unidos, serão surpreendentes. A produtora executiva Gale Anne Hurd segue a mesma linha.
— Teremos lutas com os mortos e com os vivos. Muito medo, perigo e conflitos de todos os lados — conta Gale, durante um café da manhã com o elenco e imprensa em um intervalo da San Diego Comic-Con, realizada em julho passado na cidade californiana.
No fim do terceiro ano, uma morte e um confronto com o Governador (David Morrissey) parecem ter abalado Rick Grimes (Andrew Lincoln), que comanda o grupo de protagonistas. Nos novos episódios, o ex-policial se colocará em segundo plano na linha de frente. Os sobreviventes do apocalipse zumbi terão de encontrar um novo líder, adianta Andrew. Agora, Rick se dá conta de que Carl (Chandler Riggs), seu filho, precisa dele.
— Rick percebe que está se tornando um sociopata e renuncia à sua liderança — conta Andrew. — Estou interpretando facetas diferentes do mesmo personagem, o que o torna mais humano. Rick percebe que também é um pai.
Scott Gimple vai além. Para o showrunner, não é só o comportamento de Rick que muda na nova temporada:
— Individualmente, Daryl (Reedus) e Carol (Melissa McBride) passam por coisas que revelam o quanto eles mudaram. Já Rick foi afetado psicologicamente por sua liderança, assim como sua família.
Criador dos quadrinhos que deram origem à série e produtor da atração, Robert Kirkman avalia as transformações pelas quais os personagens passaram ao longo das últimas três temporadas na TV:
— Eles aprenderam a lidar com os walkers (como os zumbis são chamados), e veremos outras ameaças.
Personagem fundamental na série, o Governador deve continuar dando provas de sua crueldade. Seu intérprete, o ator britânico David Morrissey, conta que já está acostumado a ser odiado pelos fãs.
— As pessoas dizem que amam me odiar. Mas não ando por aí com o tapa-olho do personagem — diz Morrissey, explicando que não é tão reconhecido nas ruas como os colegas por conta de seu acessório de cena. — Vejo esses comentários como elogios. E não preciso de preparação (para encarnar o Governador). O texto é excelente. Ponho o tapa-olho e estou pronto para entrar em cena.
Norman Reedus, tido como o galã do elenco, arranca risos ao contar o presente mais bizarro que já recebeu de uma fã:
— Uma vez me mandaram um implante mamário de silicone — conta, um tanto incrédulo. — Estar na série faz com que a gente se apaixone pelos personagens. Hoje, eles são muito diferentes do que eram na primeira temporada.
Produtor-executivo da série, responsável pela área de caracterização e, nas horas vagas, zumbi figurante, Greg Nicotero diz que o frenesi causado por “The walking dead” de fato parece longe de passar.
— Recebo 50 e-mails por dia de pessoas querendo ser zumbis na série — revela o produtor.
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