TV Cultura ignora norma e vende anúncio em programa infantil




Publicado originalmente no site: http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao

Quinta-feira, 31 de outubro de 2013, 06h00


Daniel Castro


Em uma das piores crises já enfrentadas, precisando de R$ 36 milhões para pagar as contas do ano, a TV Cultura está ignorando uma de suas normas mais valiosas: vem exibindo comerciais em programas infantis.

Em 2010, a TV pública paulista baniu toda propaganda de seus programas para crianças. Atualmente, no entanto, a emissora faz campanha junto a agências de publicidade em busca de anúncios para o programa Sítio do Picapau Amarelo, produção da Globo (2001-2007) que apresenta desde 30 de setembro.

O Sítio é atualmente a maior audiência da Cultura. Já chegou a atingir médias de quatro pontos na Grande São Paulo. Eventualmente, supera o SBT e a Rede TV!.

A Cultura diz oficialmente que a norma que veta publicidade na programação infantil continua valendo. A emissora considera que sua programação infantil termina às 18h30. Depois desse horário, e até as 20h, diz que seu conteúdo é infanto-juvenil, porque até recentemente exibia nessa faixa a série Doctor Who e o game Quem Sabe Sabe.

Ocorre que o Sítio do Picapau Amarelo, no ar das 19h30 às 20h, é essencialmente um programa infantil. E antes do Sítio, entre 18h30 e 19h30, a Cultura exibe desenhos animados infantis, dentro da faixa Matinê Cultura.

Ontem (30), a Cultura não respeitou nem esse suposto limite das 18h30. Ao final do Quintal da Cultura, um "programa para crianças em idade pré-escolar", segundo o site da emissora, foi exibido o comercial de um minibolo com recheio de chocolate, protagonizado por dois meninos. Eram 18h18.

No intervalo do Sítio do Picapau Amarelo, às 19h44, a Cultura transmitiu um anúncio das Casas Bahia. Contrariou outra norma interna, a de que não aceita, em qualquer horário, "comerciais que exibam mais que dois apelos simultâneos de vendas ou condições comerciais, como preço, número de parcelas, brindes, descontos, data de primeiro pagamento etc.".

Comentários

  1. E qual é o problema?? É pior se a mesma vier a falência, ou não? Cada uma que me aparece. Tanta coisa de relevância e uma ou outras colocações como se a Cultura, hoje, estivesse contra o mundo...

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