Publicado originalmente no site: noticias.uol.com.br
Quinta-feira, 21 de novembro de 2013, 07h53
Flávio Ricco
Colunista do UOL
A TV aberta, em muitas situações, está se transformando numa cópia mal acabada dos canais fechados, porque os seus responsáveis insistem em seguir o que manda a lei do menor esforço.
É preciso bater na mesma tecla. Hoje, a maioria ou compra ou simplesmente copia formatos que vêm de fora. Ninguém cria coisa nenhuma. Salvo raras e as conhecidas exceções, os programas de uma ou de outra são todos parecidos e, em vários casos, concorrem no mesmo horário. Isto é o que, desde muito tempo, o povo se acostumou chamar de morrer abraçado. É preciso estar de olhos bem abertos para o crescimento da TV paga, em números que podem ser surpreendentes nesses próximos 5 anos. O barateamento das assinaturas, algo que aos poucos começa a acontecer, terá em todo este quadro um papel significativo.
Hoje o que se vê na aberta são versões de programas que originariamente já foram lançados na fechada, como "Got Talent", "American Idol", "The Voice" e por aí afora. A primeira opção, como caminho natural e em praticamente todas as situações, é sempre o cabo. E aqui não se observa ninguém preocupado em alterar esse estado de coisas, o que também não deixa de ser uma maneira de assumir a própria incompetência.
E se o quadro já é ruim, a tendência é ficar ainda pior.
TV sem cinema – 1
Apesar de a Globo não confirmar o desejo de acabar com os filmes e sessões como "Supercine", "Tela Quente" e "Sessão da Tarde" num futuro próximo, o assunto ganha cada vez mais espaço em seus interiores.
Só não é admitido publicamente porque os contratos em vigência com as distribuidoras, coisa e tal, não permitem.
TV sem cinema -2
Um dos projetos, ainda embrionários, mas já comentados para as segundas-feiras, por exemplo, seria realizar algo na linha do impacto, tal qual "Breaking Bad", série de grande sucesso nos Estados Unidos, encerrada em setembro após 5 temporadas.
Possibilidades que apenas reforçam a visão de que lugar de filme, hoje, é na televisão por assinatura ou Netflix.
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