Os desafios do modelo de gravação de conteúdos na rede



Publicado originalmente no site:  http://www.telaviva.com.br

Quinta-feira, 09 de janeiro de 2014, 17h12

Samuel Possebon




Em um debate sobre serviços de DVR (gravação digital) em nuvem, ou nDVR, realizado durante a CES 2014, que aconteceu esta semana em Las Vegas, a TiVo, uma das maiores empresas desse segmento, apresentou um estudo sobre os benefícios e problemas de adotar essa tecnologia. Para a TiVo, as principais vantagens detectadas são a possibilidade de oferecer upgrade da quantidade de conteúdos que podem ser armazenados de maneira imediata, possibilidade de distribuição dos conteúdos gravados em qualquer dispositivo, mesmo fora do ambiente doméstico, compartilhamento dos pontos de pausa e marcações no conteúdo, recomendação integrada a múltiplas plataformas e maior integração com redes sociais. Como fatores negativos estão a possibilidade de que os operadores coloquem limitações aos usos, maior dificuldades na negociação dos direitos, necessidade de investimentos em integração de plataformas e transferência integral do custo de compra dos dispositivos de acesso aos clientes.

VOD

Outra discussão durante a CES foi sobre o mercado de vídeo sob demanda. Segundo estudos apresentados, 73% dos consumidores que têm acesso a VOD compraram pelo menos um conteúdo de suas operadoras. É muito, mas é um número que vem caindo lentamente, possivelmente em função do crescimento dos modelos de acesso livre, como o do Netflix. Aliás, o número de pessoas que estão contratando serviços on-demand para além dos seus provedores tradicionais de TV por assinatura tem crescido. Eram 35% no primeiro semestre de 2013 e no final do ano o levantamento realizado pela DigitalSmiths mostrou um número maior, de 48,2%.

O que ainda está complicado é o mercado de TV everywhere, sobretudo por falta de informação, que já é um problema crítico conhecido desde o ano passado. Segundo a pesquisa, mais da metade dos consumidores de TV paga dos EUA desconhecem completamente a possibilidade de baixar aplicativos para assistir aos conteúdos de seus canais pela Internet, e apenas 20% dos usuários efetivamente baixaram esses aplicativos.

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