Baixa audiência faz SBT tirar telebarraco do ar pela 2ª vez



Publicado originalmente no site: http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao

Sexta-feira, 21 de março de 2014, 10h43

Paulo Pacheco




Por causa da baixa audiência, o SBT tirou o telebarraco latino Caso Encerrado da programação, segundo grade divulgada nesta sexta-feira (21). A partir da próxima segunda (24), entra no lugar a série Eu, a Patroa e as Crianças.

É a segunda vez que o enlatado da rede hispânica Telemundo sai do ar no SBT. O programa, que julga "casos de família" com a advogada cubana Ana María Polo, já foi exibido na faixa das 18h30. Retornou no horário do almoço, faixa em que durou apenas duas semanas. Dublado, o programa derrubou a audiência do SBT em 38%, chegando a perder para a Band.

Aos sábados, o SBT continuará exibindo edições de Caso Encerrado impróprias para menores de 14 anos, com o nome de Caso Encerrado Proibido. No último sábado (15), o programa mostrou a história de uma mulher que perdeu a virgindade com o dedo da irmã e um homem que transa com uma zebra macho. Também foi mal no Ibope e prejudicou o Arena SBT.

Comentários

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  2. Pra mim isso é a prova de que formatos estrangeiros necessitam de receber modificações para melhor atender ao público local. O SBT sempre construiu sua programação com grande número de conteúdos estrangeiros, no entanto, este fracasso mostra que a aceitação do público a estes programas têm limite. Barracos e o grotesco já foram base de outros programas do SBT que deram audiência, como quadros do "Programa do Ratinho" e "Casos de Família". Sendo assim, acredito que o fracasso em "Caso Encerrado" está mais relacionado ao formato do que ao conteúdo do mesmo. Sorte deles que com "Eu, a patroa e as crianças" deu certo dublar e jogar na tela.

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    1. Concordo com você, Karina! A baixa da audiência provocada pelo programa "Caso Encerrado" pode ser justificada por vários motivos.Um deles, no entanto, pode ser chave para isso: a não compactação do público com a perda da naturalidade causada pela dublagem.
      O aspecto artificial que este recurso causa é extremamente bem-vindo nas novelas mexicanas, visto que nelas sabe-se desde o começo que trata-se de uma simulação da realidade onde exageros são aceitos e até desejados. No caso dessas telenovelas, o público brasileiro percebe claramente essa "super-dramatização", porém é conivente com ela, dando - para muitos- um tom cômico a essas obras, das quais não são esperadas grandes semelhanças à realidade, principalmente no tocante às surpresas e outras reações emocionais.
      Outro argumento que poderia ser utilizado está no enriquecimento cultural da camada social espectadora dessa espécie de programa, porém isso é imediatamente questionado no momento em que vemos a persistência na grade de "Casos de Família". O que pode estar acontecendo pode ser o contrário: a baixaria está amenizada devido à dublagem, podendo vir de encontro com o gosto dos espectadores. Isso é uma pena, visto que -se tivermos de analisar pelo lado positivo do módulo- há uma proposta de interculturalidade que poderia ser positiva.
      Com ou sem baixaria, o que temos é uma demanda grande por conteúdo feito por nós mesmos, brasileiros.

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  3. Eu tinha achado a ideia do programa interessante quando vi o comercial - dublado - mas daí pensei "OK, isso é só o comercial, quero ver como vai ser com os brasileiros!"... Então liguei a TV no dia e o negócio era estrangeiro e dublado e tive que rir.

    Ainda acho a ideia interessante, mas tem que ser com brasileiros. Por motivos já largamente explorados pelos caros aí em cima.

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