Propaganda na TV irá modificar cenário eleitoral, avalia Campos


Pré-candidato do PSB comparou seu desempenho com o de Marina Silva.
Para ele, votos da ex-senadora em 2010 serão transferidos para sua chapa.


Sexta-feira, 09 de maio de 2014, 00h00

Amanda Previdelli




Terceiro colocado nas pesquisas eleitorais, o pré-candidato do PSB à Presidência da República,Eduardo Campos, afirmou nesta sexta-feira (9) que o desempenho dos candidatos nos levantamentos para a corrida presidencial não deve sofrer mudanças significativas até o dia 19 de agosto, quando se inicia a propaganda eleitoral no rádio e na TV.

Nesta sexta, o instituto Datafolha apontou Campos com 11% das intenções de voto, apenas um ponto percentual a mais do que ele havia obtido no último estudo. A variação de Campos na pesquisa ficou dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Na mesma pesquisa, a presidente Dilma Rousseff (PT) obteve 37% das intenções de voto e Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Palácio do Planalto, 20%.

"Acho que até 19 de agosto [data do início da propaganda eleitoral no rádio e na TV] não deve haver grande mudanças na questão das pesquisas quantitativas. Isso é o que a experiência demonstra para a gente. Depois de 19 de agosto, até dia 19 de setembro, aí a gente vai ver", analisou o pré-candidato do PSB ao final de um evento partidário em São Paulo.

Campos comparou seu desempenho nos levantamentos eleitorais com o obtido, em 2010, pela ex-senadora Marina Silva, sua candidata a vice na disputa pela Presidência. Na opinião do ex-governador de Pernambuco, Marina só deslanchou na eleição presidencial no momento em que passou a aparecer diariamente na TV.

"Foi exatamente o que Marina vivenciou com o minutinho de televisão. Ela ficou travada ali na pesquisa durante muito tempo. Quando começou o horário eleitoral, que passou 30 dias, as pessoas foram procurar uma opção na reta final. E aí, na reta final, você viu o que aconteceu, aconteceu uma subida rápida", disse Campos, referindo-se ao fato de Marina ter terminado a corrida pelo Planalto na terceira colocação, com cerca de 20 milhões de votos.Para o candidato do PSB, os votos que Marina obteve em 2010 devem ser transferidos para sua coligação. "Hoje, a gente já tem bem perto do número que ela [Marina] chegou lá no final da eleição. Nós vamos largar de onde ela chegou", ressaltou.

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