Pesquisa confirma queda da popularidade da TV

Postado originalmente em: Redação, www.administradores.com, 4 de maio de 2015, às 17h00

87% dos consumidores utilizam outro dispositivo enquanto assistem TV

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O estudo Digital Video and the Connected Consumer, realizado pela Accenture, revela: a influência da televisão nos moldes tradicionais de entretenimento pode estar chegando ao fim. A televisão foi a única categoria de produto a ter o seu uso constante reduzido, na casa de dois dígitos, por diferentes tipos de mídias em todo o mundo, para telespectadores de quase todas as idades. A tela da TV está sendo rapidamente substituída na medida em que os consumidores se voltam para uma combinação de laptops, desktops, tablets e smartphones para visualizar conteúdos de vídeo.
O relatório, desenvolvido para empresas de comunicação, mídia e tecnologia, aponta que o consumo de vídeo - em qualquer momento e em qualquer lugar - tornou-se dominante, acelerando assim o declínio da visualização da TV tradicional. A audiência em relação aos conteúdos de vídeo de longa duração, tais como filmes e televisão em uma tela de TV, recuou em 13% globalmente, ao longo do último ano, e em 9% no Brasil; 48% dos brasileiros gostariam de acessar diferentes tipos de conteúdo através da televisão. A audiência de esportes nas telas de TV também diminuiu cerca de 10% em todo o mundo. O Brasil aparece como um dos mercados que sofreu menor impacto com apenas 1%, já a Itália e a Indonésia aparecem com as médias mais elevadas, 28% respectivamente.
Quase todas as faixas etárias apresentaram uma redução na casa de dois dígitos na audiência da TV em termos mundiais, sendo que os jovens de 14 a 17 anos estão abandonando a tela da TV a uma taxa de 33% para filmes e programas de televisão, e 26% para os eventos esportivos. Esse declínio continua na faixa de 18 a 34 anos, a uma taxa de 14% para filmes e programas de televisão, e 12% para eventos esportivos, e na faixa etária entre 35 a 54 anos, a redução foi de 11 e 9%, respectivamente. Para os telespectadores de 55 anos e o público mais velho, contudo, a redução foi mais baixa, de 6% e 1% respectivamente.
"Estamos presenciando uma movimentação definitiva, o distanciamento da visualização da TV tradicional", afirma Gavin Maan, líder mundial da indústria de transmissão da Accenture. "Os programas de TV e filmes representam a principal programação de aparelhos móveis de todas as formas e tamanhos, graças ao aperfeiçoamento do streaming e à maior duração da bateria. A experiência de visualização em uma segunda tela constitui o meio onde os criadores de conteúdo, transmissores e programadores terão êxito ou fracassarão".
Conectividade e qualidade
O relatório aponta que mais de um terço (37%) dos consumidores possuem uma combinação de smartphones, laptops/desktops, e tablets. Entre aqueles que planejam comprar uma TV, 61% têm expectativas de comprar uma TV conectada, e 25% planejam comprar uma TV 4K, um aumento de 7% em relação ao último ano. Esses compradores utilizam tais aparelhos para acessar todos os tipos de conteúdo diariamente.
Na medida em que os consumidores passam a assistir mais conteúdos online, a qualidade do serviço torna-se uma preocupação crescente. De acordo com a análise da pesquisa, 89% dos consumidores assistem a vídeos de longa duração em aparelhos conectados, mas muitos relatam problemas em suas experiências de visualização.
A principal reclamação de mais da metade (51%) dos entrevistados que assistem a vídeos online é a baixa qualidade da internet. As queixas são relacionadas às demasiadas inserções de publicidade (42%); atrasos no carregamento da mídia, ou seja, o tempo que leva para o vídeo iniciar a reprodução, (33%); e a perda de som ou distorções durante a reprodução (32%). Contudo, o cenário apresenta oportunidades; os entrevistados disseram estar dispostos a pagar por serviços de vídeo online se estes incluíssem uma maior variedade de conteúdos, menos publicidade, e uma melhor qualidade de vídeo.

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