Publicado originalmente no site: noticiasdatv.uol.com.br
Terça-feira, 12 de novembro de 2013, 16h32
Daniel Castro
A grande novidade da programação da Record em 2014 será a produção de pelo menos quatro séries. Em encontro nacional com executivos de todo o país, ontem (11) no Rio de Janeiro, a emissora anunciou as gravações de uma nova versão de A Lei e o Crime, desta vez ambientada em São Paulo. Atualmente, a Record reprisa a versão original, que se passa no Rio de Janeiro.
A segunda série traz o nome provisório de Conselho Tutelar. Mostrará a atuação de dois conselheiros tutelares e uma psicóloga no combate à violência contra crianças. Roberto Bomtempo deverá ser o protagonista, e uma anã fará a personagem psicóloga.
A outra série se chamará Sem Volta. Será sobre um grupo de alpinistas que decide escalar uma montanha no Rio de Janeiro e se vê em risco após uma chuva torrencial. A produção enfocará o resgate dramático.
A Record terá ainda uma série bíblica, e não minissérie, como nos anos anteriores. Será Milagres de Jesus. E, no encontro de ontem, foi anunciado que Milagres deverá ter uma segunda temporada ainda em 2014.
A emissora quer mais. Dois dos especiais de fim de ano que apresentará em dezembro, como a nova versão de A Família Trapo, deverão virar séries. Casamento Blindado, baseada em livro da filha de Edir Macedo, já é dado como garantida. Falta definir o segundo especial a virar seriado.
Há ainda o projeto Plano Alto, uma série política, que incorpora as recentes manifestações de rua. Marcilio Moraes, autor de A Lei e o Crime, desenvolve o projeto.
A Record vai conseguir fazer tudo isso? Pouco provável. Se conseguir realizar quatro séries já estará de bom tamanho. A opção por séries tem uma razão econômica: todas serão realizadas em parceria com produtoras independentes e, se possível, com recursos públicos, via Ancine, a Agência Nacional do Cinema. Ou seja, é com o nosso dinheiro que a Record quer encontrar seu caminho na teledramaturgia, já que não consegue competir com a Globo em telenovelas.
Duas das novas séries já têm projetos de incentivo fiscal aprovados pela Ancine. Sem Volta poderá usar até R$ 7 milhões de recursos públicos. Conselho Tutelar, R$ 6,162 milhões.
A Record também anunciou ontem a realização de uma nova edição de O Aprendiz, com celebridades, e de uma nova novela, Vitória, de Cristianne Fridman. E confirmou a sétima edição de A Fazenda.
É muito interessante ver que no Brasil estão investindo em séries, que é um formato com grande público pelo mundo inteiro, mas será que a Record conseguirá manter o padrão de qualidade das séries já feitas? E, além disso, é realmente necessária a ajuda de dinheiro público?
ResponderExcluirTomara que a Record, e não só ela, consigam, ainda que aos poucos, diluir a hegemonia de discurso
ResponderExcluirda Globo. Hegemonia essa que se faz ainda mais presente em áreas rurais do país, onde é o canal
que "melhor" sintoniza ou o único possível. Dessa forma, em alguma áreas ribeirinhas do norte do país
a Globo acaba sendo a única janela de acesso à conteúdos "além-comunidade", na medida em que
essas áreas não possuem internet ou sistemas de telefonia.
O questionável da matéria é a Record usar verba pública para financiar projetos aparentemente natimortos e de qualidade duvidosa, vide o especial inspirado no ivro da filha do Edir Macedo, sinceramente espero estar engonado em relação ao "qualidade duvidosa", mas...