Publicado originalmente no site: http://www.telaviva.com.br
Segunda-feira, 18 de novembro de 2013, 14h23
Fernando Paiva, de São Francisco, a convite do MEF.
A integração entre TV e celular foi tema de um dos painéis do MEF Global Forum, na última sexta-feira, 15, em São Francisco. Embora os smartphones e tablets sejam cada vez mais utilizados como segunda tela, o modelo de negócios de publicidade deve continuar adequado às características de cada mídia. A personalização aplicada no celular não interessaria aos anunciantes de televisão, por exemplo. É o que pensa Hardie Tankersley, vice-presidente de produtos digitais, plataformas e inovação da Fox: "Nenhum anunciante de TV quer targeting. Ninguém quer diminuir a audiência. Sempre querem mais. O público alvo da Pepsi, por exemplo, é todo ser humano, do seu nascimento até a morte", disse. "Publicidade para a Fox é diferente de publicidade para o Google", complementou.
Se não fazem questão de personalizar comerciais na TV, as marcas querem saber quem está sendo impactado por seus anúncios. Para isso, aplicativos de segunda tela, como o Twitter, exercem um papel cada vez mais relevante. "Conseguimos melhorar a precisão das métricas quando acompanhamos outras plataformas, como o Twitter", disse Kindra Tatarsky, vice-presidente sênior de desenvolvimento de negócios da Nielsen.
O caminho inverso também pode acontecer: o Twitter pretende começar a usar a informação que coleta enquanto app de segunda tela para personalizar os tweets patrocinados que exibe. "Poderemos variar os anúncios de acordo com o programa de TV que a pessoa está assistindo", disse Jana Messerschmidt, vice-presidente de plataformas e de desenvolvimento de negócios do Twitter. À noite, boa parte das mensagens da rede social de microblogs são comentários sobre o que passa na televisão.
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